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Empresas de segurança não precisam da violência para crescer

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Basta a violência urbana subir para que entre na pauta de todos os veículos jornalísticos que as empresas de segurança vão se beneficiar. Aproveitam para entrevistar empresários do ramo apresentando dados para reforçar essa falsa lógica.

Afirmar que a insegurança não provoca a procura por segurança privada chega a ser demagógico. Vamos imaginar, por exemplo, este segmento na Dinamarca – considerado o segundo país mais seguro do mundo, com número irrisórios de criminalidade. Com certeza não seria a melhor opção. E no extremo oposto, está o Brasil, onde os índices de criminalidade são altos. Baseando-se no raciocínio dos jornais, deveríamos ter as maiores empresas de segurança, mas a realidade é outra. As maiores estão em países com a cultura da prevenção e, obviamente, com maior poder aquisitivo.

Como comparação, analisemos o mercado de seguros automotivos. Nos Estados Unidos, quase 100% dos veíulos são segurados, já no Brasil esse número está em torno de 10%. Não faz sentido o mercado brasileiro de seguros precisar de mais acidentes e roubos para crescer. Pior: quanto mais sinistros, maiores os custos das apólices que, por sua vez, vendem menos.

Para todos a violência é um risco. Índices, como temos presenciado, se viram contra as próprias empresas, aumentando riscos para os funcionários e familiares. Assim sendo, fica claro que o nosso mercado, como qualquer outro segmento ou atividade, precisa é de crescimento econômico e da cultura de prevenção.